Aspectos Psicológicos em Tempos de Mudança | Saúde Mental
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Saúde Mental: Aspectos psicológicos em tempos de mudanças

Mudar

Mudar? Quem nunca pensou e/ou precisou de mudar? De casa, de cidade, de escola, de nós mesmos… As mudanças podem nunca parecer fáceis, passarmos de um estado de conforto esperado para desconforto e incertezas. Situações desconhecidas que geram angústia, ansiedade e que desejamos não sentir. Por isso, adiamos e tentamos nos convencer a nós  próprios que não é  necessário mudar.

Mudança e os Aspectos Psicológicos
Mudança e os Aspectos Psicológicos

Mudar implica reajustes cognitivos, emocionais e comportamentais

Reajustes cognitivos

Alterar padrões de pensamento requer abertura ao exterior (novas experiências) e percepçõesadaptativas de mudanças, por exemplo, visualizar situações positivas no novo cenário (imaginar que esta a fazer/ter um momento de grande felicidade), e conceptualizar oportunidades de crescimento pessoal (experimentar actividades nunca antes experimentadas) poderão ser estratégias facilitadoras de uma adaptação positiva à mudança.

Reajustes emocionais

A nível emocional, de uma forma geral, tanto antes da mudança, como durante o processo poderão ser observados quadros de ansiedade acima do esperado, angústia e sensação de se sentir perdido. Quando passageiras e adaptativas, estas emoções são importantes para o nosso processo de mudança, transmitem-nos o nosso estado interno face à situação, permitindo uma auto-consciencialização de como nos sentimos, conduzindo-nos a antecipar situações e facilitar a nossa adaptação.

No entanto, quando sentimos que estas emoções começam a perturbar o nosso dia-a-dia, sentidos de forma intensa, significa que os níveis de ansiedade (podendo levar a processos de ruminação-pensar sempre na mesma coisa), angústia, e sensação de se sentir perdido necessitam de ser trabalhados. Uma das primeiras estratégias a adotar tem a ver com a aceitação de que nos podemos sentir assim. Este é já um grande passo. Depois podemos adotar estratégias como sejam: concentre-se no Aqui e no Agora (no que esta a fazer) e induza pensamentos auto-tranquilizadores (por exemplo: esta tudo bem agora, estou a respirar bem, o meu corpo também esta bem,…); faça respirações em tempos, contemple as coisas em seu redor; e exercícios de relaxamento. Repita várias vezes estas estratégias. Estas são apenas algumas estratégias que tem vindo a ser trabalhadas numa abordagem inspirada pelo Modelo Cognitivo-Comportamental.

Reajustes comportamentais

O comportamento aparece associado a esta díade. Ao sentirmo-nos ansiosos, o comportamento poderá revelar-se mais agitado, adoção de comportamentos de fuga à situação que nos provoca ansiedade (deixarmos a situação e começarmos a fazer outra coisa) que inicialmente a ansiedade parece decrescer mas aumenta o sentimento de medo à situação, podendo desencadear um comportamento evitativo que futuramente parece alimentar todo o processo de ansiedade.

Mudança implica reajustes cognitivos, emocionais e comportamentais
Mudança implica reajustes cognitivos, emocionais e comportamentais

Concluíndo

Portanto, manterse na situação e adotar estratégias de reconhecimento e gestão emocionais, bem como de análise ao seu pensamento (percepções, erros de pensamento, pensamentos distorcidos) poderão levar-nos ao sentimento de controlo da situação, produzindo sensações de bem estar, satisfação e de superação de medos e receios muitas vezes baseados nas nossas crenças sobre nós, os outros e nós nas situações.

Filipa Freire | Psicóloga Clinica
Filipa Freire _ EstadoDaPsique

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